O pesquisador da Universidade de Lisboa, João Seixas, faz uma reflexão sobre análises críticas levantadas por diversos estudos acadêmicos e independentes que têm sido produzidos recentemente,apontando algumas condições para que os Megaprojetos possam resultar numa efetiva qualificação das cidades onde estes se desenvolvem. Em seu artigo, João Seixas discute questões como a reconfiguração das políticas urbanas, governança e a imagética como potenciais ganhos advindos da realização de Mega Projetos. No entanto, o autor aponta para a necessidade de regeneração prévia ou paralela das estruturas sócio-políticas, de governança e de conscientização cívica da cidade, entre outras condições, para a realização das potencialidades de regeneração urbana por intermédio de Mega eventos.
Os Mega Eventos na Cidade:Imagética Social, Política Econômica e Governança Urbana
Os resultados da mais recente enquete do Observatório das Metrópoles mostram como existem importantes dúvidas em como – mais do que em se – os grandes eventos poderão efetivamente qualifi car as cidades e a condição urbana dos seus habitantes. Mais de 50% das respostas mostram não crer em qualquer tipo de correspondência positiva; um terço destas consideram que tal correspondência é possível,mas somente se houver efetiva transparência,estratégia urbana e participação popular. Enfi m, somente 1 em cada 7 dos respondentes crê em infl uências benéficas por simples efeitos de crowding-out e de externalidades quer de produção urbana quer de legado cultural e de capital motivacional. Estas respostas não são, evidentemente, base sufi ciente para grandes conclusões científi cas – mas não deixam de espelhar muitas das mais recentes refl exões e análises críticas levantadas por diversos estudos acadêmicos e independentes que têm sido produzidos nesses âmbitos.
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