Mary Weinstein, do A TARDE
Fechado para visitações, o Forte de Santa Maria – construído no século XVII e tombado em 1938, por seus valores artístico e histórico – apresenta sinais de degradação. Dentro dele, o piso, paredes e demais instalações aparentam falta de conservação e estão danificados. O seu entorno, que inclui a área em frente à sua fachada, a praia do Porto da Barra e a balaustrada, também sofre interferências que prejudicam sua visibilidade e sua fruição.
Dentre os elementos que mais atrapalham a visão de quem tenta minimizar obstáculos como veículos e equipamentos de vendedores ambulantes que ficam à sua volta estão os postes brancos. Dos cerca de 500 espalhados pela cidade, cinco estão no entorno do forte: dois em frente à fachada, um ao lado esquerdo e os outros dois sobre o píer antigo de pedras.
“A colocação de dois postes de 12 metros sobre o píer foi feita há dois anos, quando trocamos toda a iluminação do Porto da Barra até o Clube Espanhol, para dar maior segurança. A gente substituiu um poste e acrescentou outro”, disse o ex-secretário municipal de Serviços Públicos Fábio Motta. “Colocamos da mesma forma que nos viadutos: engastados, dois metros para baixo do solo. E aí os parafusos”, detalhou.
Ele explicou que o projeto de “requalificação” foi submetido ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), conforme prevê o decreto-lei 25/37, para os sítios tombados. “Só botou depois que o Iphan aprovou junto com as calçadas, depois da polêmica (sobre a retirada das pedras portuguesas)”.
Projeto - O superintendente regional do Iphan, Carlos Amorim, explica que “isso tudo integra o projeto de restauro do forte para sediar a instituição voltada para o desenvolvimento humano – Avina”. Ele afirmou que “vai ter uma requalificação de toda a vizinhança, inclusive do píer, e que a etapa inicial que compreendia uma escavação foi feita: “O forte nunca tinha sido explorado arqueologicamente”. Amorim lembrou que os postes foram colocados antes de ele assumir a superintendência em novembro de 2008 e que ao Iphan cabe somente aprovar projetos de restauração e fiscalizar a conservação do monumento tombado
Bem ao lado do forte, a praia do Porto da Barra está em situação não menos lamentável. Os banhistas mal educados espalham copos plásticos, latas, embalagens de alimentos e toda sorte de lixo pela areia. A maré enche e "recolhe" a sujeira, que fica boiando ou depositada na areia abaixo da água. Está na hora do SOS BARRA encampar uma ação contra essa sujeirada.
ResponderExcluirEstão degradando a jóia da caroa. É a especulação imobiliária
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